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GESTÃO 

COLABORATIVA

Como a colaboração entre pessoas em mercados extremamente competitivos pode se tornar o maior dos incentivos para se alcançar os objetivos da companhia?

Fala-se muito em colaboração nas organizações, Nos dias atuais seria virtualmente impossível encontrar alguém que pregasse contra uma gestão colaborativa como forma de ampliar as potencialidades e o alcance de resultados. Mas no dia-a-dia das empresas, os muitos atores, precisam lidar com cadeias de incentivos que, muitas vezes, valorizam a competição individual como valor maior e as impede de direcionar esforços em direção ao mesmo resultado. 

Existe uma vasta literatura sobre a Gestão Colaborativa, o assunto não é novo, mas foi nos últimos 30 anos que o assunto se tornou pauta fundamental para qualquer organização que queira obter sucesso a partir da gestão das pessoas, buscando no coletivo uma inteligência que é superior a do indivíduo.

 

Desafios

As primeiras comunidades humanas eram grupos de caçadores-coletores com poucos indivíduos. Foi a Revolução Cognitiva, termo usado por Yuval Harari (no livro Sapiens - Uma breve história da humanidade) que permitiu ao homem se unir em grupos maiores, com objetivos em comum. Entretanto, esses grupos maiores eram minúsculos se comparados com uma grande organização e, microscópicos, se comparados com qualquer cidade moderna. E, estudos apontam, que em grupos muito grandes, há uma tendência a divisão em grupos menores pois a ordem social se desestabilizava. Então como foi que conseguimos chegar aos grandes agrupamentos que temos hoje, incluindo grandes empresas, espalhadas pelo locais diferentes, com pessoas de origens diferentes e, até mesmo, culturas múltiplas?

As pesquisas dos antropólogos indicam que os grupos humanos, naturalmente não poderiam passar de 150 pessoas. A partir disso há divisão e os grupos começam a competir e, consequentemente, guerrear. O que mudou foi que a revolução cognitiva permitiu ao homem desenvolver uma cultura de crenças. E essa formação cultural exige que informações sejam compartilhadas e pensadas pelo grupo para que seja algo de todos e para todos. O que acreditamos como companhia precisa permear todos que a compõe. 

Definindo Colaboração

A colaboração começa com o compartilhamento. Isso não quer dizer que todos devem ter uma visão completa de cada detalhe da organização, mas sim que existem visões que devem ser enraizadas para que a cultura possa ser viva e dinâmica. Pode haver espaço para como realizaremos as coisas mas não para o que queremos realizar. De forma mais superficial, todos temos o que dizer sobre a importância da colaboração. Mas, aprofundando, quais são os verdadeiros valores de uma cultura colaborativa sistematizada e implementada?

Segundo Barbara Grey, autora de “Collaborating: Finding Common Ground for Multiparty Problems” a colaboração ocorre quando um grupo de partes autônomas e interessadas em um determinado domínio de problema envolve-se em um processo interativo, compartilhando regras, normas e estruturas para atuar ou decidir sobre questões relacionadas a esse domínio. Assim, apesar de comumente entendido como similar à cooperação, o termo colaboração exibe significativas diferenças, demonstrando que as partes envolvidas devem além de compartilhar informações, recursos e responsabilidades para planejar, implementar e avaliar coletivamente o conjunto de atividades necessárias para alcançar um objetivo comum. Para explicar melhor, ela identifica os 6 elementos que compõe a colaboração:

 

Stakeholders do domínio do problema

Grupos ou organizações com interesse no domínio do problema e objetivos compartilhados. As partes interessadas podem ter interesses comuns e diferentes no início de um processo colaborativo, mas esses interesses podem mudar ou serem redefinidos à medida que o processo avança.

Autonomia

As partes interessadas mantêm seus poderes de decisão independentes. Em alguns casos, as partes têm total autonomia. Em outros, os participantes podem concordar em renunciar a alguma autonomia em prol da aliança colaborativa.

Processo interativo

Relação orientada para a mudança em que as partes interessadas estão em constante interação.

Regras, normas e estruturas compartilhadas

As partes interessadas devem concordar explicitamente com as regras e normas que irão reger o processo interativo. Colaboração como estruturas temporárias e em evolução.

Ação ou decisão

A colaboração existe enquanto as partes interessadas se engajarem em um processo destinado a resultar em ação ou decisão.

Orientação ao domínio

A colaboração exige que os participantes orientem seus processos, decisões e ações para questões relacionadas ao domínio do problema que os uniu.

 

Vantagens

Por que colaboração é tão importante? Em resumo, porque potencializa as vantagens competitivas. Outro ponto que ninguém discordaria. Mas é preciso aprofundar um pouco mais. O que sabemos hoje sobre gestão colaborativa no que tem relação com ganhos para a organização como um todo? Segundo um estudo publicado na Revista Brasileira de Gestão e Inovação em 2018, chamado Premissas e benefícios do modelo de gestão  colaborativo em startups, os principais benefícios são:

Maior eficácia na criação e desenvolvimento de soluções

Diferentes perspectivas e expertises oferecem diferentes percepções à criação, desenvolvimento e avaliação de soluções para a resolução de problemas comuns.

Aumento do senso de propósito

Os colaboradores passam a perceber valor no trabalho compartilhado, beneficiando assim todas as partes envolvidas e a organização como um todo, por consequência.

Aumento da percepção de igualdade

A maior percepção de igualdade entre o grupo é outro dos benefícios, pois, a partir dessa percepção a comunicação entre os diferentes níveis da estrutura empresarial melhora e os colaboradores tornam-se mais confiantes em compartilhar suas ideias e contribuir para o desenvolvimento de soluções.

Acesso a diferentes habilidades e estímulo ao aprendizado

O trabalho colaborativo integra diferentes conhecimentos e expertises num único projeto, o que por sua vez favorece a troca de conhecimento. O ambiente colaborativo auxilia ainda no aprendizado de como a organização opera em todos os seus níveis, independente da posição ocupada.

Maior capacidade de adaptação e mudança

Maior agilidade e capilaridade na identificação de oportunidades ou ameaças para adaptação, devido ao incentivo a participação e o trabalho colaborativo. Múltiplas informações são obtidas neste processo a partir dos múltiplos pontos de contato.

Aprimoramento da comunicação e interação entre os indivíduos por meio da tecnologia

A utilização de diversas ferramentas colaborativas para suporte ao trabalho colaborativo facilita a interação e a comunicação entre os colaboradores de uma organização, permitindo uma maior integração do processo.

Aumento da produtividade e aprendizado por meio da tecnologia

A tecnologia torna possível a grupos com objetivos e interesses comuns desenvolverem projetos de maneira simultânea, em diferentes locais, colaborando para uma maior produtividade coletiva e para o desenvolvimento de competências colaborativas.

 

Se você quer incorporar mais da gestão colaborativa nas suas equipes, recomendamos o foco nas 5 premissas fundamentais para a cultura da colaboração.

 

Propósito e objetivo

O planejamento estratégico, assim como as demais informações sobre propósito e objetivos da empresa devem ser claros e compartilhados, Deste modo, colaboradores e gestores compartilham metas e propósitos. Isso gera mais responsabilidade de cooperação.

Confiança

A confiança na competência e responsabilidade exerce papel fundamental na consecução do trabalho colaborativo, uma vez que as partes se somam e integram o todo.

Papéis e responsabilidades

Papéis e responsabilidades devem ser claros e não ambíguos. A compreensão dos papéis e atribuições proporciona um ambiente de flexibilidade, confiabilidade e maior responsabilidade.
 

Comunicação

A comunicação em ambientes colaborativos deve ser aberta, multidirecional, objetiva e eficiente.

Estrutura de trabalho

A gestão colaborativa deve incentivar a participação, contribuição e compartilhamento de ideias entre os colaboradores, bem como a formação de ambientes mais tolerantes a diversidade, no que tange características profissionais. 

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