O tema da diversidade está cada vez mais presente em todos os ambientes de convivência, sejam profissionais, pessoais e na intersecção dos dois. Não se trata de um assunto local, embora as realidades entre os países apresentem grandes diferenças entre si. São várias as vozes em relação ao tema e, muitas vezes, o assunto é tratado como polêmico mesmo antes que se entenda o que pode representar um ambiente mais diverso nas organizações, inclusive em seus resultados. 

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No Brasil o tema é mais abordado pela questão étnico-racial, motivado pelas raízes históricas da desigualdade relacionada com a nossa colonização e a formação do país. Mas a diversidade vem num crescente exponencial nos últimos anos buscando aumentar a representatividade de outros grupos identitários em diversos setores que vão da educação ao mercado de trabalho. As discussões em torno do assunto tem percorrido questões de gênero, étnico-raciais, culturais, capacidades, idades, peso e até opinião.

 

Nas organizações, onde o assunto geralmente é de domínio dos departamentos de Recursos Humanos, as que tem colhido os melhores resultados a partir da realização de projetos de diversidade são as que olham para a questão para além de um programa de contratação e sim como parte da cultura organizacional. Segundo a Great Place to Work, todos os colaboradores devem ter as mesmas oportunidades de desenvolvimento, benefícios, salários. A experiência do ambiente de trabalho deve ser única.

 

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O que as organizações tem buscado na diversidade?

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Melhores resultados, para além de cumprir com suas funções sociais, é o objetivo da organizações que já entenderam que num mundo tão heterogêneo quanto o em que vivemos a heterogeneidade compromete a capacidade de entender, produzir e entregar produtos e serviços que façam sentido para as pessoas. As vivências, origens, ambientes e culturas dos colaboradores é o que gera a riqueza e pluralidade de pensamento e ação tão necessárias para o mundo atual.

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E esses resultados tem sido cada vez mais medidos. Um estudo realizado pela McKinsey & Company, atualizado em 2018, revelou que as empresas com maiores índices de diversidade étnico-racial tem 35% a mais de chance de obter retornos financeiros mais altos que a média do setor onde estão estabelecidas. Outros dados do estudo:

 

• As empresas no quartil superior da diversidade de gênero têm 15% mais chances de obter retornos financeiros acima de suas respectivas medianas da indústria nacional.

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• Nos Estados Unidos, existe uma relação linear entre diversidade racial e étnica e melhor desempenho financeiro: para cada 10% de aumento na diversidade racial e étnica na equipe de executivos seniores, o lucro antes dos juros e impostos (EBIT) aumenta 0,8%.

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• No Reino Unido, uma maior diversidade de gênero na equipe de executivos seniores correspondeu à maior melhoria de desempenho de todos os países pesquisados: para cada aumento de 10% na diversidade de gênero, o EBIT aumentou 3,5%.

 

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Inovação e Engajamento

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E não se trata apenas de resultado financeiro de forma direta, mas de outras dimensões com alto poder de impacto sobre esses mesmos resultados. Inovação e engajamento tem relação direta com ambientes onde a diversidade é parte da cultura da organização. Uma pesquisa realizada pela Hay Group em 2015 revelou que nas empresas onde o ambiente de diversidade é reconhecido, os funcionários estão 17% mais engajados e dispostos a ir além de suas responsabilidades formais do que nas empresas em que esse ambiente não é incentivado.